Segunda-feira, 31 de Maio de 2004
Esta noite sinto que todo um Universo se cansou de brincar e adormeceu, de braços cruzados sobre a mesa e face esquerda apoiada.
Salta à vista um recorte de lua fora do lugar, que baralha as estrelas desorganizadas e dispersas pelo tapete nocturno. Nem a aragem da madrugada hoje passa! Ter-se-á escapado da tarefa diária, aproveitando o desleixo divino.
À minha frente a mesma rua de sempre... A escola, os gatos, os carros estacionados ao acaso, o grande candeeiro (talvez feliz pela lâmpada nova), e uma estrada intemporal, que curva para outro mundo, lá ao fundo.
E cá em cima estou eu, no lugar do fotógrafo sem sono, que vem fotografar a mesma paisagem todas as noites.
Sempre igual... porque o tempo não se vê.
Quarta-feira, 26 de Maio de 2004
Gato pardo, no risco de unhas, na cor da rua, selva dos teus lábios, riscados, eu me acomodo e faço miau.
O pior, é que canto cantigas antigas: miau-miau. Fantasias dos mortos? Putas assim assim? Pintelhos enrrolados, afanadinhos, ralos, que vergonha! Preciso de mais graduação. O maiu que percorre o estômago. E não nada. Voyeur de interiores.
O gato das botas, o miau emblemático de discurso que otorga palavras claramente palavras, discursa com alguem que se chama Deus. E "olhe mostre-me o seu sexo", ele responde negativamente. Colapso, mal, esquemas de tanga-marginalização do teatro das vitimas passionais. E ele adestra-se e mata as perguntas com um "sou sexual". Deus, adeus.
O miau passa ao ataque, mas mais roliço, vem bicar com superlativos e fome em olhos que bicam. Não mulher perneta de assuntos frasco sem fundo. Livre e rebola o miau "tá" doido, não te mates em vão. Unicef´s e Lindas cruzes em panos vermelhos, publicidade, a princesa casou com um mangano de 2 metros, espanha amores.
E o Miau peida-se nos peixinhos rebeldes, na tentação nobre de serem tubarões. São contestados pelos seus canhões. As vossas mães de garganta, chupem disso apenas na noite santa. Coincidencias dos dias, alergias em termas frias! E rima e rima e rima...
Puta de vida não é Ferro Rodrigues?
Domingo, 23 de Maio de 2004
o poeta de rua, heroinomano por vocação, continua a inundar de lágrimas o #poesia @ PTnet
Eis como exemplo, 4 pequenas explosões extraídas da sua ultima renite alergica (sob o efeito de 4 Actifed's e 8 Aulin's) .
as i look in your eyes
as the time goes by
maaaakes me cry
caravelas de tempo sibilam por aí
ao fundo de um mundo estranho
nao é?
keijo.
.
.
Ramos Rosa-me as palavras que nao tiveste
grande vida de sofrimento levas tu e eu também
grande é a virtude abonatória da tua precoce gravidez
nao sejas assim
come méle!
napoleão invadido.
.
.
.
.
Eras tu Ramos Rosa
um querubim enfeitado
incerto das estrelas que te rodeiam
vasto prado recortado
uma pequena côdea de mal estar
hoje és assim, não
núvem-alicate
.
.
.
Cantavas tu, pequena e modesta Cecilia
de um não-saber roer o tempo
De um Meireles desafortunado
um olho vesgo no osso doendo
cai a rima por detrás
sabem elas o que foram na vida
rezem eles pelo que nao foram
cristais.
.
.
Sábado, 15 de Maio de 2004
Fu, Bu e Chu sairam da China e imigraram para os EUA.
Para se adaptar melhor ao novo pais, resolveram americanizar os seus nomes
chineses. Bu passou-se a chamar Buck. Chu passou-se a chamar Chuck.
Fu teve de voltar para a China. Mas depois arranhou muito nas obras, e conseguiu vir para Portugal, e ter muitos filhos, e ficou gordo o filho da puta, hoje é feio, primeiro ministro, e chama-se naquele programa para atrasados mentais, na RTP, Furão Barroso.
olá, como estás?! presumo que isso quer dizer que estás bem e feliz! ainda bem! chamas-te mesmo Cid?!
vai dar banho ao cão
Ontem bem o vi
mais ou menos assim
estava ali
cremoso ditoso
gelado mas quente
terrilvemente sério
a despejar-se em descida
deleitado na dele
chiça piça!
Fez-me tédio
que vidinha desgarrada
agarra e desgarra
larga-se e lá vai
procurando-se em cheiro
imundo porco ofusco
e pimba!
(encha o balde e deite-se nele o próprio)
Terça-feira, 11 de Maio de 2004
Entrei no hospital a correr.
Ofegante, completamente despenteado e com o cansaço estampado na cara, deparo-me com uma pequena sala repleta de doentes e aleijados.
As lamúrias e gemidos criam um ambiente constrangedor naquele cubiculo abafado e mal iluminado.
Eram 17H39 e o anoitecer já pesava no céu.
Atravesso rapidamente a sala e deixo para trás aquela atmosfera húmida e constipada.
Passo o corredor, entro no elevador lá ao fundo e subo ao 4º piso. Procuro pelo quarto 4-A e já estou atrasado: os 15 minutos que me restam para ver a minha mãe hoje no horário das visitas esgotam-se velozmente.
"4-A cama 114..." repito-me constantemente. Ando às voltas sem o encontrar.
Avisto uma enfermeira, que passa apressada mas prontamente me indica o caminho.
"Cá está! já por aqui tinha passado..."
Entro e dirijo-me à cama 114. Está um aglomerado de gente em volta da minha mãe!
Pula-me o coraçao! Temo que algo de grave lhe tenha acontecido.
Acerco-me do local mas não reconheço ninguém. Furo entre as pessoas que, algo incomodadas se afastam para me dar passagem. Olho o rosto do doente e não é a minha mãe!!
Deitado naquela cama junto da janela está um homem pálido e de poucos cabelos. Um fino tubo de souro entra-lhe pena narina, e um outro liga-lhe o braço direito a uma máquina.
Fala com dificuldade para as pessoas que o rodeiam. Incrédulo, escuto algumas palavras:
"...a irmã Júlia coitadita, também não está muito bem. É aquele problema nos ossos... mas é assim meus filhos.. sinto que chegou a minha hora..."
"Oh! Não diga isso tio! Por favor, não seja pessimista! Se nunca o foi até agora..."
"Pois vô Almiro! Vai ver que melhora depressa!"
E no meio das vozes de desagrado, o velhote vira-se para mim e larga um sorriso...
Uma senhora de meia idade cai nos meus ombros a chorar.
Um clima de consternação apodera-se do local. Vejo caras enjoadas, e um crescendo de coluços de murmúrios penetram-me os ouvidos.
Até um anterior bip bip bip... se tornou num biiiiiiip constante.
Segunda-feira, 10 de Maio de 2004
a puta de duas estrelas q queria ser de três... emancipou-se..
Não sei o q lhe deu:
- terá sido a andropausa pós-pastilha de cálcio bem chupada;
- terá sido uma hemorroida q lhe subiu ao cérebro, na procura de outras células de merda!?
- terá o seu chulo reconsiderado a hipótese do mercado ucraniano e a sua aparente desinfecção ariana?
Não sei, de facto não sei..
Mas não há nada como um post breja e cínico para as mandar foder e desejar-lhe a tão almejada terceira estrela pela tripinha delgada acima..
E ainda há pra ai gajos de Cu Gordo XS, XL ou XX q tem como hobbie adorar 11 repteis de cada vez, chamar a si a mais mitica de todas as traições do mundo católico, e alimentar o desejo - debaixo da almofada Pikaxu - de um dia ser o capelão num qq pelotão de militares italianos carentes de sudomias no Iraque
Só um conselho, aos q a enfiaram ao longo destas curtas e acerbas linhas, ao menos chupem fininho, q assim chateiam pouco e smp se ouve o som do esparguete
Sexta-feira, 7 de Maio de 2004
Estava um dj do rock na tenda, estava frio, e chovia, e eu andava de tenda em tenda.
O DJ era tipo rádio comercial, e não me tava a apetecer mamar com iron maiden às 4 da manhã. Fiz zoom no mapa do The Sims, vim pra porta, acendi e fiquei lá com o copo e maizum amigo e o gajo apareceu pela frente.
Tão a perceber? O caralho do SIM apareceu pela frente.
Tipo, a um braço de mim e eu tinha acabado de mandar um bafo, o gajo ficou parado a olhar pra mim e eu já a ver... Mas depois cagou e bazou!
Caralho pró SIM, não pode! Passei-me.
Um caralho de SIM não goza comigo, ai não! Passei-me.
Diquei mesmo com o sindrome dos SIMS. Tive que matar o gajo. Já matei SIMSna piscina e tirei-lhes as escadas e enterrei-os lá dentro... Tás a ber? É precisso ter uma mente sordida para fazer isso a um SIM. Estava escrito no site dos cheats.
Mas havia em mim o impulso de saber como matar um, angustiava-me pelo seu sangue digital... Faze-lo sentir confiante primeiro? É sempre melhor quando menos se espera. Mostrar-lhe um futuro que lhe roubas num segundo? É preciso mais do que um segundo para morrer.
spit on u spufff
Quantas vezes tenho que te dizer, que no prolongamento do momento é que se encontra o prazer!
Quinta-feira, 6 de Maio de 2004
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------ Intro + Todo lo que rima es verdadero
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------ Fatiga
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------ Soy una asistenta
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------ Karaoke # 7 (Rubia Montoya Cover)
mp3 ------ Sainete del Cumpleaños
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------ Pónme una raya y llámame tonto ( MPX
cover)
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------ Girls,
just wanna have fun
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------ Quiero Rocanrol (featuring Rubia Montoya)
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Colegialas japonesas
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El hombre no llegó a la luna
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Mami, me he tragado el disco de Depeche Mode
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El Rap del Focomelo (PSone Remix/featuring Rubia Montoya)