Provavelmente não deveria ter incendiado com horrores espessos aqueles olhinhos góticos, apesar de experimentados. O sangue que escorre da lâmina, a maionese de sabores lambidos, e gritos baços, em silêncio tudo, no minimo volume possivel - é este o terror que mais incomoda. Ecos, e ressonos dos mortos, ou formas irreconheciveis, como em fumo, como em nada, mas estão lá.
Ultimamente, ao reler jornais atrasados mas já deste ano, ou até quando passeio à noite, com a testa ventosa ao vidro do carro, e já agora, o carro em choro na noite, os neons em rasto, e manchas, lágrimas pingas de chuva e humidade, e lá está o cinema ao fundo, mirabolante. Só consigo associar os filmes que gostaria de ver, já. Mas não. Duas grandes obras espanholas, o .rec e o orfanato, prometem, com grandes criticas e makeover. Dinheiros ali enterrados, ando a precisar mesmo de desenganar a procissão do ego, da via profissional, da carreira, do estorvo que é a missão da auto-compaixão, afinal se trabalho gasto, se gasto trabalho. Chega. Quero um filme de terror.
E uma camara de filmar, género miniDV, um braço forte, e um grupinho sazonal de amigos? Estabelecidos, em guerra contra as copiosas regras do costume, mas em versão filme de terror? Que seja, amador, mas é pela arte.
hoje em dia, tens que oferecer drogas, ou até cigarros que agora passaram a ser drogas aos olhos da lei, ou então o alcool de sempre, uma coisa que se queria pura - o jogo, o riso, a diversão - em grupo, é um sofrimento, ter que aturar pessoas, se fossem robots...
Poderia ser, sangue, cabeças pálidas, suavidade no andar, imagem acelerada, noite escura, em breu maior, e sons agudos que agonizam o tímpano. Poderia ser uma esfoliação de verbos e anseios, e sorrisos parados, tudo a preto-e-branco, e cortes na imagem. O que eles teríam a dizer? MEDO.
Eu aposto que dizes isso a todos os homens,
e eu quero ser mais como tu,
um substantivo adjectivado
mais perto que um genérico
oh-oh o meu pai faz barulhos sêcos
e não é o pai natal,
não usa calças novas
e não sabe de óculos de sol,
e eu amava a vida,
amava e queria
perdidamente como um cão,
eu amava as metáforas
de vans no vagão em partes completas
dum pensamento afirmativo,
e amigos da carteira,
a barreira a tal,
deixou-me de pénis na mão
e músculos para crescer,
já que todos pensam em ser ricos,
violinos tocam em todo o lado
assim parecidos com um nada,
que vêm perecer na ciência dos enterros diários,
embebidos em bandeiras do sono.
Onde é que perdi o que não terei?
Sou um fantasma da Amália Rodrigues,
tive mil casos com canalhas pior que o Salazar,
sou uma truta gorda que não cabe nos buracos,
viscosa e valesina poderiam ser a solução
para o meu ego ardente que adormece com mordaça,
ricochete de egos cheios de si mesmo,
onde é que eu ando, para onde ando,
as pedradas são tudo menos psicotrópicas,
fado aqui, fado ali,
dou umas fodas,
e torno a ser uma puta Amália Rodrigues.
Deixar que me raspem a cona,
por análises erectas de pau enrrolado em veias,
sou uma puta hereditária formada com a congénita nação,
atestado de musa dos paneleiros,
bricolagem fétichista da letra F,
foda, fátima, futebol e fado,
sou uma Fadista cansada
pronta para mais uma queca,
vá gasta-me.
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