Domingo, 22 de Fevereiro de 2004
ARGUMENTO: Manuel vai ao cinema. Só que há um homem incógnito que não pára de falar. Manuel decide tomar uma atitude.
VERSÃO: Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada
Finalmente, as férias do Natal! Manuel estava contentíssimo e tinha imensos planos preparados para aproveitar cada dia daquelas duas semanas que passavam num ápice. Animadíssimo, propôs aos amigos irem ao cinema, ver aquele último filme que todos os rapazes da idade deles queriam ver.
_ Vamos, claro! _ exclamou uma das amigas, excitadíssima _ Estou ansiosa! _ Então vamos esta noite! _ propôs Manuel.
_ Boa ideia.
«Béu!», latiu o cão, a abanar a cauda, como quem concorda com os amigos.
Depois do jantar, eles encontraram-se à porta do cinema, ansiosos pelo filme. O local estava apinhado de gente atarefadíssima! As empregadas das bilheteiras não tinham mãos a medir com tanta agitação. Foi nesse momento que uma das raparigas apontou para um homem suspeito de sobretudo:
_ Olha, Manuel. Aquele homem está a olhar para a lista dos filmes há mais de meia hora e não decide nada. Que estranho.
_ Não sejas tonta _ resmungou Manuel, distraído, nervosíssimo pela espera da fila para os bilhetes.
Lá entraram na sala e o filme começou. O homem do sobretudo sentou-se num canto escuríssimo, lá atrás, e uma das amigas de Manuel não tirava o olhos dele.
Quando o filme começou, a sala caiu num silêncio total. Mas de repente o homem começou a falar com alguém. Era irritante! Manuel estava fulo. O homem não se calava e já estava a passar das marcas, deixando as outras pessoas enervadíssimas.
_ Vês? _ confirmou a amiga _ É suspeito. Ele vem aqui a esta sala armar confusão. Temos mistério!
Manuel ficou intrigadíssimo. Porque havia de o homem estar a falar sozinho a meio do filme? Ainda por cima, muitos jovens, lançavam olhares e um deles gritou:
_ Cale a boca, velhinho!!
Manuel sentou-se direito na cadeira e sussurrou à amiga:
_ Temos que investigar.
Manuel e as amigas ficaram em pulgas o resto do filme...
VERSÃO: José Saramago... ou algo parecido!
A sala é pequena. Os grandes cinemas já eram passado. Agora os estúdios estão em voga. Manuel olha fixamente o seu bilhete, sem saber se vai de gostar do filme. Está sentado no seu lugar, numa fila central, e de vez em quando levanta-se para dar passagem a um casal jovem ou uma senhora de óculos grossos. Manuel sabe que daqui a pouco as luzes apagam-se, seguem-se anúncios particulares, depois promoções, finalmente o filme. Já se sente o cheiro a pipocas, e ao fundo ouve-se a voz monocórdica de um homem que ainda não se calou. As luzes esvaem-se e as pessoas deixam-se em silêncio. No entanto, a voz do homem, naquela quietude, naquele ouvir nada, soa profanamente alta. Dez minutos depois, Manuel perde a paciência, algo que lhe é característico, e levanta-se, saindo da sala. Procura alguém que seja prestável. A rapariga da bilheteira, uma dessas raparigas que tenta esconder os seus livros de estudo para que o patrão não descubra que está distraída, é loura e tem olhos ausentes. Manuel dirige-se a ela. Desculpe, menina, Diga, Não quero ser impertinente, bem sei que a minha paciência é curta, mas esse pormenor a si não lhe dirá respeito, Talvez diga, o cliente deve ser sempre bem atendido, Certo, certo, por isso me dirijo a si, E em que posso ajudar, É ali na sala três, um senhor que não se mantém calado, Só isso, Acha pouco, Não, Então porque pergunta, Porque o filme ainda agora começou, Já lá vão dez minutos, Sim, mas pelo horário ainda deve estar na publicidade, Já lá vão dez minutos de filme, De filme, mesmo, De filme, mesmo, senão não tinha vindo aqui reclamar, Pois, compreendo, mas não tenho autorização para abandonar as bilheteiras, estou aqui sozinha, Não lhe pedi isso, só quero que me ajude, A situação é chata, É, sim senhora, Quer que eu chame o segurança, Não sei se é preciso tanto, é apenas um homem que não se cala, Mas que o incomoda, Pois incomoda, E o cliente está em primeiro lugar, e um bilhete de cinema não é barato, por isso tem o direito de reclamar, Exacto, Deveria chamar um colega meu, então, Se achar melhor, Acho que sim. A rapariga loura de olhos ausentes levanta o auscultador de um telefone branco. Manuel não consegue ouvir o resto da conversa, mas terá sido curta, incluindo para a rapariga loura de olhos ausentes, pois um sorriso daqueles, mesmo quando se fala na frieza distante de um telefone, não engana ninguém, mais a mais tendo Manuel já idade para se esquecer de certas fantasias que o seu corpo não aguenta, e de parvo não tem nada, pois a idade já lhe ensinou muito. A rapariga loura de olhos ausentes olha para Manuel. O Ricardo irá acompanhá-lo à sala, O Ricardo, Sim, o meu colega. Manuel, teve então a certeza que Ricardo era namorado da rapariga loura de olhos azuis. Seguiu atrás do segurança alto e de corpo rijo. Não sabia ao certo o que iria acontecer, se calhar já o homem se havia calado. No entanto, era tarde. Seguindo o segurança, Manuel voltou a entrar na sala escura.
De tortura a 25 de Fevereiro de 2004 às 02:03
Vai com calpa pah senao matamos-te : ANARKIA CREW ALMADA
De narciso a 24 de Fevereiro de 2004 às 15:14
aprecio o boliqueime intelectual, curto as versões, continue
De ratazana a 24 de Fevereiro de 2004 às 02:32
xupame a pila
De eucaplito a 23 de Fevereiro de 2004 às 19:59
larga as drogas
De gajaboa a 23 de Fevereiro de 2004 às 18:34
tá fixe muito nito! continua! kero mais! a minha mae gostou tambem
De tia-anica a 23 de Fevereiro de 2004 às 16:44
tens ke ser forte, nao gosto do final! a sala escura é um sinonimo de morte e insonia, és mau
De sidsidsid a 23 de Fevereiro de 2004 às 04:52
Ja esta! acima:)
nice
De Cona a 23 de Fevereiro de 2004 às 03:54
´tá fixe
De Manatu a 22 de Fevereiro de 2004 às 23:02
LOLOLOL! Falta a versão SIDSIDSID!
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