Terça-feira, 30 de Dezembro de 2003
A sanita perfeita é a sanita onde cagar sabe bem.
Quando tenho vontade controlo-me... Deixo passar o tempo necessário.
Para ter ainda muito mais vontade, um pleonasmo de vontade, muita vontade de expelir cócó, fezes, castanho, marrom, bafo quente em musse de chocolate.
E a melhor sanita, é mesmo a sem tampa, sem plástico, apenas a pedra dura, que seja branca, reluzente, sentar o rabo numa boa dose massiça de pedra fria, entalado e equilibrado, e depois cagar... Ò sim!
Depois não limpo o rabo com papél, não! O corão não deixa, mesmo tando-me a cagar pró Corão, mas fica bem copiar algo das outras culturas. Bricolage artistica, em intimidade com os exóticos do mundo, ò sim! Sou um cagão com classe tropical, ocidental, e oriental, tudo al.
Melhor ainda é estar no bidé a lavar o cú, com águinha fria, e sabão (qualquer um), e olhar pró lado, e ver o branco do papel, a fecundar-se com o castanho, lá be mno fundo.
Nisto, dá-me sempre uma vontade ínfima mas que não se ouve de todo, a pedir-me por uma colher de chá.
Uma colher de chá! Uma colher de chá! Uma colher de chá! Uma colher de chá! Uma colher de chá! Já!
Um dia ainda o faço... Ir lá, com a colher, e tirar algo. Provador de vinhos, de queijos, com bolacha sem sal para tirar o sabor, e porque caralhos não há de haver um exímio tortuoso acto de misericórdia com o cagalhão acabadinho de fecundar?
Delicioso... Misterioso... Hmmmmmmm.
E com o tempo criarei a primeira liga fétixe do cagalhão suave, pleno, robusto ou assimétrico: o derretido.
Seremos universais em valores... Mas antes do cagalhão, ainda tenho um fétiche maior, o de lamber a pedra, a superficie das sanitas...
Meu deus... PASSO-ME!