Sou uma fufa de merda! É este o passeio percoriddo no mental intrinsseco adquirido este mesmíssimo natal!
Cena episcopal que podia muito bem incendiar o frio das almas, na falácia da igreja do galo, onde visons e putas de 50´s estridentes, pontapeiam as Tias Alices com caras de canixes e merda snob:
Primeiro: que se fodam as prendas!
Segundo: que se fodam aqueles que dão prendas e ficam à espera de prendas!
Terceiro: que se fodam aqueles que dão prendas, mas não recebem prendas de volta, e para o ano não vão dar prendas!
Quarto: Acabou-se o NEGÓCIO do natal!
Quinto: Xau chineses e lojinhas de ir-ao-cuzinho-do-shoppingzinho-no-ultimo-diazinho-da-época-natalicia!
E depois, até passa, o padre podia lá ir mamar o puto do costume. É natal, hoje até pode.
Sai-se da igreja, e dão-se passos, onde os dentes esboçam finitos traços do humor ao tumor, onde doentes e pacientes e sãos dão as mãos à benneton... E passado um minuto... acabou. Próximo: Saldos! E... Passagem de ano...
Voltando ao natal!...
Um passo, dois passos, enfim, por aí fora, uma correria.
Mandar sms de resposta aos amigas e às amigos é um escorrega de putos, comparado com o rótulo de gaja que papa gajas, porca, badalhoca, suja, raspa-pratos, e... As fufas são homossexuais, é foleiro! Se ao menos fosse uma fufa sei lá, com um pai pederasta, ou com uma namorada sexy e a partilhasse com todos aqueles que ousam o nosso karma...
A família...
Mãe e pai discutem merdas - as merdas do costume - ela quer ir para a família dela,
ele quer apenas foder o esquema, birra, amonanço e letargia ao faz-de-conta que teatraliza no dorme-dorme no sofá - e mágicamente, com um olho no intragável Fernando Mendes... pote de merda.
Chega-se a hora da consoada, e imagino batatas, couves, azeite, vapores de sauna, risinhos de crianças atabalhoadas com o pré-stress-da prendinha da árvore de natal, e cachequois que trazem o frio para dentro de casa,... e bacalhau, e conas - porque não? Foda-se, não! Sou fufa, e sou uma pessoa humana - olhos, pernas, braços, boca, sistematizo e automatizo, construo e factuo, sou do verbo humano!.. tal e qual outro cidadão que desdenha e define orçamentos e paga as suas contas, e tudo e todos, e levo com o pack todo do Português esmifrado e triste do call-center, ou fábrica, ou padaria, ou merda-assimétrica à vida vip-parábola-fashion-merda-star-da-vip-género-filha-da-puta-da-maya, ou...
O meu pai não gosta de mim, odeia-me secretamente, e faz-se de parvo, ele é homofóbico, ele é atrasado, apesar de não usar bigode! Sou fufa, não sou rabiola, podia ser uma atenuante, mas não! Que merda de maxista de pantufas me saiu como pai!
Eu tou nos quarenta, tenho mais que fazer. Hoje é natal, decidi colocar cartões daqueles de cartolina que há nas escolas com os nomes das crianças (nas primeiras aulas, para todos se relacionarem pela cara-nome), e decidi colocar os tais ditos, com IDALÉCIA por todo o lado. É hoje que morres cabrão! IDALÉCIA é a puta que entrou na puta da vida da tua filha da puta da tua filha puta...
Papá... Dia 24, hoje...
Decidiu estrabuxar, e lixar a minha mãe, com uma ida à rua, isto são 18 horas, daqui a 2 horas, o cerco apertará. A minha cona vai ser terrível! Até lá, vou emancipar a minha orientação sexual, e vingar-me do cabrão: um serrote? Umas chicotadas? Umas metáforas fáceis - género o Blindness para burros que polula nos cinemas? Género... Eu odeio burros e simplistas do simplex, e do clix, e do borlix, e do estigma que o português é atrasado porque quer: foda-se é mentira! O português NÃO SABE ser mais do que merda!
A idalécia pelo menos não é merda.
Idalécia amor... Onde andas? Enfiada na ponte da capital, à 2horas na bicha, com as bichas, a abichanarem no trânsito, coitada, queria ir bicar as sopinhas e caldetes da sua família, e agora esmoreceu nos carros copiosos e nos acidentes das estradas da capital das bixas... Sorte amiga, namorada, palhaça! fufa! Meu amor! Minha vida!
O papá é um robocop manso, mas que quando fala, o pinheiro travestido, até abana.
Ele não quer ir à minha familia materna, por causa do marido da irmã (a minha tia) da minha mãe. Não vá ele partir-lhe o carro outra vez (o vidro da frente, saiu ainda caro, naquele 1995...), quando à revelia do tal marido, a minha tia fugira-lhe para uma casa de acolhimento de senhoras espancadas pelos dignissimos maridos... O marido troll, em vingança activa e desmedida, efémera até, lançou-se ao ataque de todos os familiares que sonegavam o paradeiro da minha tia tão tremendamente espancada em tantas outros espancamentos. MAS BASTA! Ela tinha-se posto na alheta! Coitada! O amor, e a ignorância dos mais crassos direitos humanos, e da dignidade da cona, factualizaram-se anos a fio, com filhos vítimas do satanás que sairam todos eles, ténues e traumatizados para a vida... sim, são lances colaterais, dum homem que bate numa mulher, é simples, mas não é.
Lembro-me que ela, metia pastilha elástica à frente, para tapar os dentes que já não tinha... Onde no festim das bofetadas, os murros no corpo, os esmagamentos de membros, as desfigurações ao de leve, as órbitas dos olhos fora do sítio que Deus escolhera para viverem, e hematomas de vários graus de dificuldade em serem atingidos com um simples crédito de salão de jogos..., e o maxismo... foda-se. Atura-o tu, e ela fazia-o por amor... Credo! Há mulheres que nascem para levar! E gostam... foda-se!
Com alguma razão o espancador é mal visto pelo meu pai. Mas a família como conceito genital e depois vivo com pernas, com boca que come e fala, e ânus que defeca e peida (e nalguns casos, até leva com ele), tinha que sistematizar o sentido da vida e do menino jesus: o troll tinha que ser permitido, enfim, enganado, para deixar de tentar assassinar cada um dos membros da família, e com os anos, foi integrado de novo na família, e a minha tia (a espancada) voltara ao poiso do casalinho e tudo parecia bem...
A substância da família deve continuar, e hoje o troll forçadamente integrado - para todos estarem bem e terem acesso à minha tia - dum romanticismo altruísmo atroz, foi um sapo demasiado grande de engulir, para o meu pai que lê Saramago e enjoa com tudo o que o Alegre escreve, desde que se assumiu como pró-bixa... É fodido papá. É fodido papá, saberes que o troll tem honras de cabeceira de mesa, e perguntinhas da avózinha, e tu não tens nada, mas ele assassinou a honra do casamento, e fodeu-te o carro, e tentou matar o avô com açucar no motor do tractor dele, e tu, que és apenas um chato do caraças, e um puto ao acaso, não levas condecorações, graxismos, e eufemismos do tapete vermelho... é fodido pernoitar sem dormir, derivando na parábola da injustiça, e quantas vezes não deves ter equacionado o que fazer, como o fazer, para o sucesso e estatuto que querias na família, quando o outro te ganha aos pontos, por ter vestido a toilette do lobo mau. E agora, que moral tens? Tens 60, e não percebes a puta da vida, querias mais 20 anos atrás, e fodias dois ou três com um tiro, e hoje eras a puta sósia do sócrates numa ilha, boquiaberto para dentro dum canhão de havana, e a espuma tropical ao de leve a massagarem-te os colhões... mas não é a Disney. É a fufa da tua filha a foder-te onde mais te doi!
Assim, temos fufas, paneleiros, e maxistas na família, e mães de família que sofrem por não encaixarem os porquês, e o mais simples não é concretizado: o estar bem entre todos... É demasiada merda, que se varre para debaixo do tapete, e se o cotão na vassoura é muito, cospe-se para escorregar melhor, o tapete, a cama, o armário, tudo serve para esconder a caruma dos provérbios e verdades dos refrões que se dizem pelas costas... e no natal... pimbas! Tudo com cancro mental!
A fufa vai atacar o lanche das 18h... o caso está tremido. O meu progenitor chegou a casa, e já está à sopeira da macaca preguiçosa na covinha do nariz. Que espectáculo! A mãe trabalha como uma escrava, com as mãozinhas queimadas dos detergentes que lhe saiem pelos olhos. Isto é fado? É show traveca em 45 rotações? Só faltam sardinhas ao lanche... e olha que... são mesmo sardinhas que vou lanchar... Espectáculo!
FODA-SE!
Viva o natal, que já te digo o que vou fazer!
Poder às fufas!