Ando a ver se descubro honestidade.
Não é o ser raro, é o ser rídiculo pois ninguém gosta de ser conotado com uma falta de personalidade como essa.
Passo a explicar.
Ser honesto para nós, é ser - infelizmente - burro. Pois é.
Mostrar aos amigos e conhecidos e estranhos aleatórios na rua que somos espertos e que conseguimos "enganar" o parceiro do lado com a maior das naturalidades.
É um à-vontade para ser sacana, trocar as voltas no troco do jornal, e ganhar 10 cêntimos é um acto de Heroísmo. Já se ganhou o dia, EHEH! Enganei o gajo! Safei-me de lhe pagar a quantia certa! Weeeeeee!
Mas que festa do caralho...
O nosso problema é que só somos desonestos com quem não se pode defender ou pouco se rala em ser enganado ou não. - Estes últimos serão empregados por conta de outrém e tão-se bem a cagar se o patrão perde ou ganha, se perder azar, é ainda mais uma victória!

-"O gajo enganou-me no troco mas quem se lixa é o abstracto, "o gajo", o patrão sem face."
Isto tudo para dizer o quê?
Se alguém neste mundo se preocupasse um pouco com estas merdas, e reflectisse nestas pequenas faltas por nós cometidas de forma tão intencional e já de certa maneira com um picozinho de vontade em fazer o mal sem olhar a quem. Era bom.
Mas no fim quem se lixa sempre é o abstracto. O pior de tudo - e como eu me vou rir nesse dia - será quando alguém nos foder a nós com a sua desonestidade, ai sim, vai doer na pele, e o "filho da puta" que me enganou devia morrer mordido por cães!
Mas secalhar sou só eu, e nem acho que seja um gajo honesto quando escrevo isto.