Terça-feira, 15 de Novembro de 2005
A moral baixa
consoante o interesse
e agora estou sem ele,
em brasileiro do portugal
soa quase tudo mal,
hoje sou brasileiro de portugal
apenas para perceber
se sei dançar.
Fecham-me a porta
e nada mais.
Nao praguejo, não sei
não recordo.
Adormeci ou nunca o fiz.
Eu sou um tresloucado feio
partido em dois
dividido com o rasto da lua
atado a seu pasto leve
me leve para cima
me controle com sua rima
e eu me debruçarei
e me darei a todo um progresso
de ideia fecunda de essa coisa
coisa linda
coisa gira
muito gira
Eu sou assim
desdenho um novilho
e primo por sè-lo sempre
nem que eu quisesse
seria sempre destapado
porque eu
eu, sou assim
eu, eu
sou deste mundo
é meu é teu
e procuro a legião
do eu.
Me bata na nalga
me espanca meu entrecosto
a que uns chamam alma e outros
senhores da palavra da mentira
dessa felicidade fácil
recondida oca lá dentro
com receio,
o homem e a sua arma
fácil.
Olha que já é meia noite
protectores de óculos
malandros que trabalham cedo
só não se vêm
na minha verdade
mas que marcam a verdade,
sem querer
penalidades bagunça
e desce.
O inferno é logo ali.
Chove em cima de mim
tenho um buraco nas botas
e gosto.
Tu foges.
Chamo-te bitch.
Anda cá.