Sexta-feira, 12 de Agosto de 2005
Entre mil duvidas
deixei-me ir
fodi os pés no frio
as mãos com antecipações em gestos mil
e deixei-me perder
e não queria
oh caralho como não queria!
Quando tudo tinha sabor
dizia-lhe tudo o que sabia
nos teus braços perdia-me
até o norte o sul
o prazer os principios da dor
foi contigo
e já não o posso evitar.
Não!
Não o evito pela tua decisão
só eu sou o culpádo
chegamos até aqui
que mais queres de mim?
dei-te porrada todos os dias
sem direção na confusão
e fui arrastado por mim
por esse ego meu
que tanto tinha para aprender,
e sem razão
afundei-me
e podia... podia!
Mil dúvidas que levanto agora
perdi os sentidos normais de qualquer merda pensante
e castigado fui!
O mesmo principio repete-se ao longo do fio da vida
e desde já se podia evitar
mas hoje não
e saiste daqui sem valor
deixaste-me.
Eu as lágrimas
sem dúvidas, com angustia e anti-prazer
algo que já
não se pode evitar.
Chorar para quê?
Já chorei lágrimas,
sentidos e mil sabores
dedos doentios para apontar.
E tocas-me com toques no telefone
eu sou o quê?
Juro que hoje não passa.
Fico vou, e sou uma foda
sou doido
sou fraco
corroi-me com dor por dentro.
Fico vou?
Quanto mais choro
mais peço
e no próximo dia, peço se faz favor
engulo o orgulho
e... dou-me.
Pelo amor se faz tudo.
tudo tudo tudo tudo.