Segunda-feira, 30 de Maio de 2005
O SuperBock foi giro.
Eram miudos empilhados
com ar de puto-cabrão
cu de cagão
e meninas estupidas
com tranças cheira-mal
e depois eram os labios
que certamente só fizeram broches
e putas pobres
e buracos negros
nos boys em girls
deu algum gozo
parar por lá
pa ver o que é
isso da creche
no novo decénio
tem sido assim.
Psicótico alienado
gostei sem dúvida de algum som
desprezo o que é tuguês
por motivos próprios e sem mais.
Gostei sim senhor, das ultimas três
sonoridades dos New Order.
Deambulei na fama carcaça do tio Curtis
era ver as massas de óculos presentes
um pastim de vacas mortas há algum
divertido o ocre, o acrilico o atipico vinil
do antigamente, ali presente.
E depois Moby, fiel a Moby
digno de Moby,
o som apurado um grande pénis dourado
embalado e oferecido aos sotaques adufos
de uma audiência já com mais putos
já com menos velhos
já.
A vertente do dia anterior
tinha sido qualquer coisa menos palonça
que uns anormaizitos mas sempre cool: Loto.
Blasted M. a mesma merdita mediática de sempre,
eles de farpilha, vulgo barba
eles de fato do espaço sideral banal
eles a fazer aqueles gestos e sonoridades
o mesmo de sempre...
São tugas, enganam o quê?
O mesmo som distorcido de merda.
E os Loto? Umas putazitas que faziam côro
ali meio despidas em cima do palco
e ele não cantou com a voz abixanada
teve medo receio, ai doutor?
Desafinação total... tão banal.
E os Prodigy?
A loucura-cardápio-compulsiva de sempre
o acto teatral do toxicodependente
e da sua amiga Heróina
finalmente o preto beijou o doido
já não são os dançarinos de sempre,
o som mais pungente, mais chupador de tetas
de vacas vivas, afoitas aos saltos
não lhes dou tudo
porque não me deram o Voodoo People.
E os The Gift?
O Hype do travesti do videoclip
a voz broche-sêco pós aguardente
da lésbica voz desse grupo?
Interessante, vestiu-se bem a quenga.
Pá proxima há mais não é?
A legião dos Gift sabe-me a merdinha, enfim.
Não os entendo.
No final, os seguranças trogloditas
vieram de cajado na mão
a enchotar a canalhada
"recebem pouco"
"pagam-lhes mal"
disseram.
Cheira-me a desculpa de porco chauvinista
que aceita tudo, por uma boa violência
nem que seja mental.
E no meio do gajo imberbe, havia sempre um ou outro
mais velhos - o mesmo de sempre.
A regra de ouro, em concertos aos milhares é:
No meio dos putos há sempre um cota queimado
que veste ou tons à zebra
ou merdinha popularuxa punke.
Mais um concerto para guardar.
E isto é vida?
Próximo: Sudoeste?