Segunda-feira, 28 de Março de 2005
Um rodeo de boas emoções, cambalear-te o corpo para dentro do meu esboço de mãos ao calor quente, vem cá amor.
Apanhar-te como antes... Esfrego-me folhas de outono na chuva da primavera, cuspo a doença das ultimas noites, estou dum ranhoso ex-febril, tenho mil escravos em oferendas: bolinhos manchados ao acaso com graves e agudos de cor, tenho copos repletos de água da vil torneira, do mundo lá fora, que olhando bem pela janela, está molhado, e chove e chove. Com vontade, pelo menos hoje, de saltar um bocado, uns 30 metros lá em baixo, as plantas crescem e aventuram-se na casa do morto da overdose, não sei quê, e sujam-lhe a casa do morto, com ceiva urgente que advém da cicatriz aberta, parede lâmina no cone das flores, tudo sujo.
O nariz entupido, sai música diferente, e os bolinhos continuam aqui, luxuriantes, que lhes tuço para cima, morram.
Tenho bolinhas que se encaixam enquanto durmo, cá dentro da boca, eles bem me enganam, mal durmo, transformam-se em plasticina cáries enormes, que se colam às falhas da gengiva com dor.
Olá amor.
E doi mais um bocadinho, barba por fazer, cabelo por cortar, e sem ser toxicodependente...
O diabo sobe o rio, e a jangada começa a falhar. Escorregadela por acaso, e porquê amim? E fiquei fora d´algo, até quando? Plim plim.